sexta-feira, 23 de outubro de 2015

Feminismo x Machismo no Funk: O Legado da Mulher.




Estereotipado, o funk é visto por muitos como o tipo de música que rebaixa as mulheres e as trata somente como objeto sexual. Durante muitos anos, foi visto dessa forma pela sociedade, o que não é uma mentira sendo que muitos MCs ainda são machistas, Em meados anos 2000 foi onde o funk estourou no Brasil, as mulheres aparecia em clipes, shows, televisão dançando de forma sensual, seminua, ainda não tinha conquistado voz no funk, a mulher era apenas um plano de fundo do desejo sexual masculino, onde afirmava que o homem tinha dominação sobre a mulher. Hoje, porém, as mulheres ganharam força no funk, e não somente sendo dançarinas, mas também, cantoras que passam algum tipo de mensagem. Não estamos cancelando o fato de alguns funkeiros ainda enxergam a mulher como meros produtos do machismo, mas sim, evidenciando que hoje, o feminismo e o funk andam de mãos dadas.

Exalta a mulher: 
"Mas quem pensou que ela tava, depressiva em casa, 
Só porque o namorado terminou com ela, 
Que ela só pensava em chorar, muito errado você tá 
E a partir desse momento a cena é toda dela
[...]
Se ele disse que não te quer 
Que bagacinho tu é 
É mentira tu foi feita na medida certa  
Então abre o olho mulher, vê quanto cara te quer 
E quando tu passa deixa nós de boca aberta!" 
- Toda Toda - Mc Pikeno e Menor
Valesca Popozuda participou de um ensaio fotográfico para a campanha "Não Mereço ser Estuprada", onde expôs em seu próprio corpo, frases em defesa da liberdade sexual da mulher.


Não somente Valesca, como outras cantoras de funk já afirmaram ser feministas. A atual cena do funk nos mostra, através das letras, a liberdade da mulher sobre seu corpo, e reivindica por seu prazer sexual.


















As funkeiras ainda são julgadas e acusadas de pedir, digo, PEDIR, para serem estupradas, rebaixadas, vítimas de assédio sexual porquê muitos acreditam que elas contribuem para ser o produto sexual dos homens do funk, por não se "darem o devido valor", ou por não "agirem como uma mulher decente" porque, segundo o pensamento elitista, elas se "vestem de forma vulgar e convidativa", MAS QUE PORRA É ESSA, MACHISTAS? E VOCÊS, MULHERES QUE REPRODUZEM SEUS DISCURSOS? Quero dizer, como assim, produção!



O funk ainda tem um longo caminho para ser reconhecido como cultura brasileira, é fato que, o erotismo, a sexualidade e o interesse pelo sexo faz como diversão e prazer é o que faz com que grande população conservadora torça o nariz para o movimento. E o feminismo ainda tem uma longa batalha pela frente, pois enquanto houver esse tipo de julgamento, nunca poderemos dizer que os direitos das mulheres são 100% iguais aos do homem, a boa notícia é que nós, mulheres não vamos descansar até fazer virar essa porcentagem!


Fica aqui um exemplo do que uma mulher pode (E DEVE) fazer por si mesma, viver da maneira como achar melhor, poder se expressar sem ser reprimida por algum homem, relevar seu desejo sexual sem se importar em ouvir um: "mas não é assim que uma mulher deve se portar" e outras abobrinhas do curioso (e bem bosta) universo machista!



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