sexta-feira, 18 de setembro de 2015

Funk: Comportamento Social

Estilo

Se você acha que Funk é somente óculos Juliet, cordões de ouro, roupas da Oakley e Tênis Nike, você está coberto de razão! Quer dizer, não, não é somente isso. O funk é uma cultura que vai muito além do gênero musical, é um estilo de vida e deve ser respeitado, assim como qualquer outro grupo da sociedade. (Vai me dizer que você aceita o “Kuduro”, como cultura Africana, mas não aceita o Funk como cultura brasileira?)


A ostentação, na verdade é uma forma de protesto contra a divisão das classes sociais. A grande maioria do público do funk vem de origem humilde, muitos, das periferias, seja do Rio de Janeiro ou São Paulo. Os MCs de funk ostentação falam sobre a fama e adquirir roupas, acessórios de marca e carros luxuosos. Eles enxergam isso como uma conquista, depois de muito sofrimento e trabalho duro, o pobre também pode adquirir produtos que antes, somente ricos e empresários tinham condições de comprar.

A música “Os mlk é liso” de MC Rodolfinho, explica bem a história por trás da ostentação.


A cultura do funk não é somente o gênero musical em si, mas também todo o estilo aderido pelos MCs e fãs do gênero. Por ter muitas influencias do rap, não somente nas letras, mas também no estilo visual, os funkeiros usam cordões e relógios de ouro, roupas e bonés de marca.

O visual "rapper" é muito semelhante ao visual dos funkeiros, porém ainda há diferenças, veja as fotos abaixo!


 Não é só Juliet! Óculos coloridos de diversos modelos também completam os acessórios da galera do funk! Assim como anéis de ouro, cordões e bonés “aba reta” fazem parte dos guarda-roupas de todo bom MC.




MC Guimê, considerado Rei do Funk Ostentação tem um estilo que mais se aproxima dos rappers.


Muito semelhante, não é mesmo?

O preconceito

Muitos sabem que o funk é um dos estilos musicais brasileiros que mais sofre preconceito, isso por que as letras falam sobre sexo, periferias e criminalidade. A maioria dos fãs de funk são de classe média baixa ou moradores de periferias, o que aumenta o preconceito por relacionar traficantes e bandidos. Assim como em todo grupo da sociedade, existem os prós e contras, o funk consciente que fala sobre a criminalidade, descaso do governo e violência dentro das favelas faz parte da cultura e deve ser visto como a voz da comunidade, um grito de esperança para crianças e jovens que estão no mundo do tráfico, mudarem de vida através da música.

O erotismo no funk também faz parte da cultura, não é preciso uma explicação clara para o porquê de das letras falarem sobre sexo, mulheres e danças sensuais.


Tudo isso faz parte do entretenimento, as pessoas julgam o funk pelo erotismo em suas letras, porém, na década de 60 o festival de Rock “Woodstock”, na época os chamados “Hippies” foram os pioneiros do movimento “Sexo, Drogas e Rock ‘n’ Roll”, que é utilizado até hoje por muitos fãs de Rock, e muitos dos clássicos falam sobre sexo em suas letras.



O Rap e o Pop americano também utilizam do tema em muitas de suas músicas, porém, é bem mais aceito pela sociedade. Seria talvez, uma questão de hipocrisia com o funk? (Afinal, todo mundo gosta de sexo!).



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